seis miúdas bonitas, seis fotografias, seis países...
Quase um mês depois, perdoem-me o enorme atraso deste 6on6 de dezembro. Como sempre dizem mais vale tarde do que nunca, clichés dos clichés, finalmente aconteceu.
O tema deste mês não podia deixar de ser o Natal e logo este que teve tanto de estranho como de especial.
Confesso que este ano, logo em novembro, já estava cansada do Natal, das luzes, das feiras, da corrida desenfreada às prendas que não podemos pagar mas que continuamos a insistir porque é Natal. Tive muito medo deste Natal, um medo terrível e frio daquele que nos faz querer atrasar o calendário ou pular os dias até deixarmos de ter medo. E frio.
O dia 23 chegou, dia de avental lá em casa, de bolos, de receitas, tudo o que me faz lembrar outros tempos tão mais felizes e completos. Não sabia como iriam ser estes dias sem aquelas mãos e aquela gargalhada, o café na lareira depois de tudo estar pronto e as conversas sobre a decoração da mesa de Natal.
O Natal passou, conseguimos fazer as fritas de abóbora e os bolos de bacalhau que nunca irão ter aquele sabor. Abrimos os presentes, fizemos o teatro do Pai Natal porque ser pequenino ainda é tão bom. O chá depois das barrigadas de comida, os jogos de cartas e da batota, fizemos tudo como sempre e para sempre. Mas nunca, nunca em tempo algum deixamos de nos lembrar, de recordar para dentro porque exteriorizar memórias podia ser perigoso. Não, o Natal não foi o mesmo, nunca irá ser o mesmo, nem sei se alguma vez aquele medo e aquele frio irá passar.
Ainda assim, fizemos para que fosse o melhor dos Natais possível, dedicamo-nos de alma e coração para que tudo corresse bem. Penso que o grande truque para fintarmos a saudade é este, dedicarmo-nos de alma e coração. Aos pequenos promenores, ao carinho, ao amor.
Espero que tenham passado um Natal bem bonito.
Tô atrasada pra vir comentar, mas tá valendo ainda, né? rs. Adoro foto desfocada de árvore de natal, fica a coisa mais linda. <3
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