"Estas noites estranhas têm entrado pelos dias adentro.
Os olhos cheios de sono, os olhos irritados pelo rímel, pelo eyeliner (tornei-me alérgica à beleza), os olhos vermelhos do pó, do ecrã, do pólen.
Demasiadas noites estranhas umas a seguir às outras. Sou demasiado permeável. Mesmo quando não chove, continua a chover. Se não és tu é outra coisa qualquer.
Irritam-me os telefones - nos filmes como na vida real.
Dói-me o choro dos outros, mesmo o dos desconhecidos, dói-me o meu choro (quando tenho e quando não tenho razões para chorar).
Os amigos novos, os amigos antigos, os amigos novos e os amigos antigos, todos juntos, como se o tempo tivesse deixado de fazer sentido, tivesse deixado de ser linear.
Demasiadas vezes esta sensação de estar a ver a minha vida de fora, demasiadas vezes a pairar sobre o meu corpo, sobre o teu corpo, sobre coisas tão insignificantes como os semáforos ou os cruzamentos. E sentir que tudo é demasiado real. E sentir que nada é suficientemente real.
Ao mesmo tempo."
Os olhos cheios de sono, os olhos irritados pelo rímel, pelo eyeliner (tornei-me alérgica à beleza), os olhos vermelhos do pó, do ecrã, do pólen.
Demasiadas noites estranhas umas a seguir às outras. Sou demasiado permeável. Mesmo quando não chove, continua a chover. Se não és tu é outra coisa qualquer.
Irritam-me os telefones - nos filmes como na vida real.
Dói-me o choro dos outros, mesmo o dos desconhecidos, dói-me o meu choro (quando tenho e quando não tenho razões para chorar).
Os amigos novos, os amigos antigos, os amigos novos e os amigos antigos, todos juntos, como se o tempo tivesse deixado de fazer sentido, tivesse deixado de ser linear.
Demasiadas vezes esta sensação de estar a ver a minha vida de fora, demasiadas vezes a pairar sobre o meu corpo, sobre o teu corpo, sobre coisas tão insignificantes como os semáforos ou os cruzamentos. E sentir que tudo é demasiado real. E sentir que nada é suficientemente real.
Ao mesmo tempo."
não faço ideia
de onde veio.
Esta fotografia... ♡
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