Mas foi exactamente isso que encontrei. Um monte de coisas, não sem interesse nem tão pouco lixo é o que devo utilizar. Encontrei um monte de velharias, isso sim, um monte de velharias maravilhosas cheias de histórias, cheias de pessoas, cheias de memórias.
A casa estava fechada, também ela tão velha como o tempo, mas eu lembrava-me. Lembrava-me daquela cozinha, lembrava-me das bolachas de canela cobertas de açucar, lembrava-me da lareira aberta, lembrava-me do sol a curtir a varanda.
Pouco ou nada restou, umas quantas cartas de África, registos de uma identidade há muito perdida, uma caixa de fotografias de outros tempos, alguns livros que se recusaram a cair, os lençóis de linho delicadamente guardados. Já nada é nosso, este lugar já não nos pertence, fechámos a porta atrás de nós e dissemos até sempre. Despojámos o passado sem pudor, o que foi não volta a ser é o que dizem por aí. Mas eu, eu serei uma eterna saudosista, terei sempre saudades dos outros tempos, mesmo que não voltem a ser esses tempos eu terei sempre saudades. Bem ou mal, certo ou errado, os meus despojos do passado serão, para sempre, tão especiais como aquelas bolachas de canela.
Fechamos a porta, fechamos corações, até sempre. Até sempre.
Uma verdadeira viagem no tempo através destas belas imagens. Boa semana. :)
ResponderEliminarUm beijinho Joana, boa semana. :))
EliminarTriste e lindo. Lembra-me coisas que também já vivi.
ResponderEliminar♥ Grande beijinho Rita!
EliminarConheço esse sentimento... As fotos estão lindas :*
ResponderEliminarque publicação tão bonita e cheia de poesia :)
ResponderEliminarMuito obrigado Lu. :))
Eliminar