De Roma, com amor (II)

("...à luz do dia todos os enredos têm muito menos importância")

Deveria começar outra vez assim, para Roma com amor. Reescrevo, estou cansada de repetições.

Comecemos.

Roma fez-me acreditar como é difícil tirar-lhe fotografias. Roma fez-me acreditar que todas as cidades têm uma personalidade, um je ne sais quói que as distingue, que as torna peculiares e pessoais. Que há algo nas ruas, nas pessoas, nas cores, nos cheiros, no azul do céu que lhes confere uma personalidade. E se Roma tem uma personalidade, Roma é difícil. É difícil e arrebatadora. É dificil, para mim, porque concedeu-me a certeza de como é difícil fotografar a megalomania, os pilares sem fim, a torre lá no alto, a escadaria até ao céu, a piazza que não é redonda, nem é quadrada, é simplesmente perfeita. Em Roma confirmei o que o meu avô me disse, que não sei muito bem tirar fotografias a tudo o que seja imenso, que fotografar um bom panorama é difícil e que com anos de tentativa e erro, irei aprender.

Roma dá luta, dá luta para quem gosta de fotografar, dá luta para quem gosta de conhecer, visitar, aprender, e tudo e tudo com que uma cidade destas nos pode mimar. Em cada esquina se respira História, o ar é feito de História. Podemos passar dias sem fim em Roma, queremos sempre saber mais.

Eu gosto de cidades assim, das tais difíceis e arrebatadoras, das que dão luta, das que lhes queremos conhecer as entranhas mas que, no fim, conhecemos uma pequena, pequeníssima parte.

Mil e um beijinhos para a minha querida Joana

ela que me disse quantas escadas tinha a basílica de S.Pedro, 

que além de fazer anos é das minhas viajantes favoritas.