1.23.2013

Pelas doze e quarenta e três

Pelas doze e quarenta e três:


"Escrevo sentada numa mesa de café. O mesmo de sempre, o leite com chocolate o folhado misto prensado. Pura veracidade dos factos. Desta vez não escrevo para ti, uma tristeza enorme assolou a mesa do lado. Discutem baixinho para que ninguém perceba, mas dizem que os olhos não mentem e lá está escrito tristeza. São giros os dois, ficam giros os dois, continuam a discutir baixinho, ela mais que ele. Elas discutem sempre mais que eles.
Acabo por não perceber a minha letra, escrevo num papel da caixa automática perdido na carteira, são mil perdidos na carteira. Não passam de lixo. Dou-me conta que talvez tenha que comprar um bloco, para estas ocasiões, quando a tristeza bate na mesa ao lado. Isto tem que ser notificado.
Todas as tristezas deviam ser devidamente notificadas, sujeitas a multas altíssimas.
E escrevi para dizer isto, com pouca lógica ou propósito.
Agora tenho que ir, precisas da máquina de calcular."


E continuo com tanto, tanto, tanto para fazer.


 





6 comentários:

  1. "Todas as tristezas deviam ser devidamente notificadas, sujeitas a multas altíssimas." <3

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  2. gosto do que escreves. gosto sempre tanto do que escreves.

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  3. Fantásticas fotos. Não só estas.
    Fantásticas letras. Não só estas.
    Parabéns!

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  4. Gosto particularmente deste post!

    Mas só porque tem notificações... ;) ;)

    Beijos!

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  5. Adorei. O texto e sobretudo as fotografias :) Lindas, parabéns!!

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O meu nome não é Rita Laranja. E gosto de tirar fotografias. amidnightinbuenosaires@gmail.com