Pelas doze e quarenta e três:
"Escrevo sentada numa mesa de café. O mesmo de sempre, o leite com chocolate o folhado misto prensado. Pura veracidade dos factos. Desta vez não escrevo para ti, uma tristeza enorme assolou a mesa do lado. Discutem baixinho para que ninguém perceba, mas dizem que os olhos não mentem e lá está escrito tristeza. São giros os dois, ficam giros os dois, continuam a discutir baixinho, ela mais que ele. Elas discutem sempre mais que eles.
Acabo por não perceber a minha letra, escrevo num papel da caixa automática perdido na carteira, são mil perdidos na carteira. Não passam de lixo. Dou-me conta que talvez tenha que comprar um bloco, para estas ocasiões, quando a tristeza bate na mesa ao lado. Isto tem que ser notificado.
Todas as tristezas deviam ser devidamente notificadas, sujeitas a multas altíssimas.
E escrevi para dizer isto, com pouca lógica ou propósito.
Agora tenho que ir, precisas da máquina de calcular."
E continuo com tanto, tanto, tanto para fazer.
Adorei o post e as fotografias especialmente.
ResponderEliminar"Todas as tristezas deviam ser devidamente notificadas, sujeitas a multas altíssimas." <3
ResponderEliminargosto do que escreves. gosto sempre tanto do que escreves.
ResponderEliminarFantásticas fotos. Não só estas.
ResponderEliminarFantásticas letras. Não só estas.
Parabéns!
Gosto particularmente deste post!
ResponderEliminarMas só porque tem notificações... ;) ;)
Beijos!
Adorei. O texto e sobretudo as fotografias :) Lindas, parabéns!!
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